Memórias do tempo
O vento varre as lembranças apinhadas
Que brotam uma a uma neste mosaico pouco iluminado
Chamado memória.
Frio e silencioso carrega cada vestígio
De suas inconveniências
Até o vasto mar do indispensável esquecimento.
Cada verdade que foi dita, cada mentira dissimulada
Cada momento de insensatez que antecedeu
Os instantes das mais deliciosas recompensas
Perdem-se para sempre no limbo do nada eterno,
Aonde nada que se foi
vez alguma, desejado ou não, foi recuperado.
O que resta a fim é só o vazio desolador que nos é inconcebível,
Deixado por aquele que considerados
O mestre de todos os nossos caminhos.......
O tempo.....
Por: Ermes Le Fou